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92% dos professores contra uso de telemóveis no ensino básico


25 Julho 2025

Comunicação Social

92% dos professores contra uso de telemóveis no ensino básico
Maioria de 67% é também contra uso no ensino secundário, revela inquérito da FNE.

Uma esmagadora maioria de professores (92,4%) é favorável à proibição de telemóveis no recreio em todo o ensino básico (1.º ao 9.º ano), mostrando querer ir mais longe do que o próprio Governo, que no próximo ano letivo vai restringir o uso apenas no 1.º e 2.º ciclo do ensino básico (1.º ao 6.º ano). Há também uma maioria superior a dois terços (67,1%) que defende mesmo a proibição de telemóveis no recreio no ensino secundário (10.º ao 12.º ano).

Os dados são de um inquérito online realizado pela Federação Nacional de Educação (FNE), que foi respondido por 4638 docentes. A utilização pedagógica de telemóveis na sala de aula no ensino básico é também rejeitada por uma maioria de 52,8%. Já no ensino secundário acontece o oposto, com uma maioria de 63,6% a concordar com o uso nas aulas.

Em relação à indisciplina dos alunos em contexto escolar, o problema de comportamento que mais preocupa os professores é claramente a incapacidade de seguir regras, que é apontada por 63% dos inquiridos. Segue-se a propensão para conversar na sala de aula (33,6%), a não realização de trabalhos, incluindo os de casa (15,3%) e a distração com telemóveis (14,8%). Já a violência entre alunos é apenas a quarta preocupação (12,4%), seguindo-se a assiduidade irregular (10,5%) e o abuso verbal (10%).

Mais de metade dos professores (51,2%) afirma que no último ano letivo não esteve envolvido nas situações sugeridas no questionário. E há 25,6% que garante não ter dificuldades em lidar com a indisciplina nas aulas. Mas 38,4% dos docentes admite sensação de stresse e esgotamento devido à gestão constante do comportamento indisciplinado.

Apontam ainda outras dificuldades para lidar com a indisciplina, como a falta de apoio dos pais (41%), limitações administrativas decorrentes do Estatuto do Aluno (27,1%), falta de apoio da direção da escola (20,9%), falta de suporte administrativo para questões disciplinares complexas (17,4%) e insuficiência de recursos (16,2%).

A quase totalidade da classe (95,8%) afirma que trabalha muito para aquilo que recebe; 74,7% diz que a profissão não é reconhecida e 73,2% não aconselharia um jovem a segui-la. No entanto, 94,4% garante que gostam da profissão e 77% sentem-se mesmo realizados profissionalmente.

Quanto às prioridades de investimento nas suas escolas, a mais referida é o apoio a alunos com necessidades específicas, apontada por 19,2%, o reforço do pessoal educativo (18,8%) e do pessoal docente (16,7%).



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Bernardo Esteves - Correio da Manhã (25 de julho de 2025 às 11:00)




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